sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Restaurações obturações



O que é restauração?

Muitos a chamam de obturação, mas o termo correto é restauração, afinal iremos restaurar/ devolver a forma e função original de parte do dente ou de todo o dente com algum material de escolha.


Quando meu dente deve ser restaurado?

  • No caso de fratura/quebra (removemos as bordas de esmalte sem suporte de dentina, tratamos o dente e então restauramos);
  • No caso de cárie, (removemos todo o tecido cariado do dente, trataremos a superfície do dente e então restauramos);
  • No caso de estética, pode ser ou a troca de uma restauração de metal por uma de material estético, neste caso, removemos a restauração antiga e com isso acabamos removendo um pouco de estrutura dental, outro caso de restauração por estética é quando temos espaços entre os dentes (diastemas) e queremos fechá-los ou dentes desproporcionais.
  • As restaurações podem ser: diretas ou indiretas. Direta, é quando é feita diretamente na boca, pelo próprio dentista, numa mesma consulta. Indireta, é quando preparamos o dente, moldamos, mandamos essa moldagem para um laboratório, o laboratório fará a restauração e nos manda ela pronta, cimentamos a restauração no dente. Restaurações indiretas são chamadas de prótese.
  • As restaurações diretas tem indicação para cavidades de tamanho pequeno e médio, já as cavidades maiores tem indicação para restaurações indiretas (próteses).
  • Restaurações diretas definitivas podem ser de: amálgama, resina composta, ionômero de vidro, compômero.
  • Restaurações indiretas podem ser de: metal, resina, porcelana ou uma mistura deles (metaloplástica, ou metalocerâmica).
  • Restaurações diretas podem ser “definitivas” e temporárias. Restaurações indiretas podem ser “definitivas” e temporárias.

O que são restaurações temporárias?

Restaurações temporárias, como o próprio nome já diz, são restaurações que ficarão no dente apenas por um determinado período de tempo, até atingir a meta necessária. Normalmente, o material usado em restaurações temporárias são menos resistentes e apresentam pouca estabilidade de cor (podendo escurecer com facilidade), afinal, são temporários e não tem muita longevidade!

Alguns materiais que podem ser usados como temporários são: ionômero de vidro (excelente material e libera flúor podendo diminuir a sensibilidade em dentes sensíveis), óxido de zinco (excelente medicação para analgesia, diminuição de dor), coltosol, resina acrílica, resina bisacrílica.

Existem infinitos usos das restaurações temporárias, seguem 02 exemplos: 

Tratamento de canal – grande parte das vezes não conseguimos concluir o tratamento de canal numa mesma sessão, e para que entre uma sessão e outra não entre saliva, bactérias e alimentos, fechamos o dente temporariamente com algum daqueles materiais temporários que citei ali em cima, já que você terá que retornar para concluir o tratamento. E sendo materiais temporários, são mais fáceis de serem removidos por nós dentistas, mas eles garantem um bom vedamento da cavidade aberta.
Dor em dente com restauração antiga de amálgama - Pacientes portadores de restaurações metálicas (à base de Mercúrio, o amálgama) após muito tempo com a restauração em boca, costumam apresentar sensibilidade, visto que metais são excelentes condutores de estímulo (temperatura e eletricidade). Nestes casos, removemos a restauração antiga de amálgama e restauramos com o material temporário de escolha. Essa restauração temporária é feita como forma de avaliar e tratar a inflamação inicial da polpa, durante 40 dias, após isto removemos o curativo, e restauramos com o material definitivo de escolha.

Requisitos dos provisórios:

  • Restabelecer a oclusão e mastigação;
  • Proteger complexo dentina-polpa;
  • Restabelecer estética;
  •  Restabelecer saúde ao periodonto (proteger papilas interdentais; restabelecer pontos de contato; devolver integridade da gengiva marginal; impedir invasão dos tecidos gengivais sobre o preparo e permitir  higienização normal).

Que tipo de restauração é a melhor?

Todos os materiais disponíveis no mercado para tratamento odontológico foram exaustivamente estudados e testados, portanto são os melhores desde que observadas as indicações de cada material.
Material bom e técnica boa são aquelas que seu dentista domina melhor!

A durabilidade de uma restauração depende de uma série de fatores, alguns diretamente relacionados com o cirurgião-dentista e outros, com o paciente.

Restaurações de amálgama são muito resistentes e relativamente baratas. Entretanto, devido à sua cor escura, são mais aparentes, e não são utilizadas em áreas muito visíveis, como nos dentes anteriores. Com o passar do tempo essas restaurações sofrem “corrosão” e esses produtos da corrosão são depositados na interface dente/ restauração, proporcionando um melhor vedamento do dente, dificultando infiltração e cárie. Os íons metálicos do amálgama podem penetrar nos túbulos dentinários fazendo com que o dente fique manchado, com um aspecto de cinza. Por se tratar de um metal, conduz ao dente com facilidade os estímulos de calor, frio e eletricidade. São restaurações que tem uma durabilidade muito grande. Apenas indico a troca desse tipo de restauração em casos de: cárie ou quebra ou quando o paciente não consegue se relacionar socialmente por vergonha de ter uma restauração metálica na boca.

Quando surgiram as resinas, elas eram materiais sem muita resistência mecânica e por isso não eram adequadas para suportar a grande carga mastigatória que incide nos dentes posteriores. Atualmente a resistência mecânica das resinas é excelente e ainda apresentam a vantagem de serem adesivas (colam no dente) o que diminui a probabilidade do dente fraturar, em relação ao uso do amálgama (metálico) que não é adesivo. Podem ser utilizadas em dentes anteriores e posteriores. O grande problema deste material é alteração de cor ou do dente ou do próprio material e quando há alteração os pacientes querem realizar a troca da restauração. Apenas indico a troca desse tipo de restauração em casos de: cárie ou quebra ou quando o paciente não consegue se relacionar por vergonha de ter uma restauração com cor alterada na boca.

No momento da troca de uma restauração, é necessário um desgaste maior do dente?

Não necessariamente. Porém, ao removermos a restauração antiga acabamos por desgastar um pouco de dente sadio. No caso da troca de uma restauração de amálgama de um dente que não esteja cariado, normalmente a queixa do paciente é o aspecto acinzentado deixado pelo amálgama, neste caso removemos uma grande quantidade de tecido dental sadio. A troca melhora muito o problema estético sem, contudo, resolvê-lo completamente. Essa mancha provocada pelo amálgama não sai com clareamento dental.

Como é feita a manutenção das restaurações de resina?

A manutenção de qualquer tipo de restauração é realizada com higienização adequada e visitas periódicas ao dentista para avaliar a condição das restaurações. Existe uma vantagem na manutenção da resina que é o fato de que esta pode ser reparada sem que haja necessidade de remover toda a restauração. Já o amálgama, se necessitar de reparo, toda a restauração tem que ser removida e trocada.

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