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sábado, 3 de julho de 2010

Restauração prateada ou da cor do dente?!


“Doutora, eu queria trocar minha obturação prateada por uma da cor do dente...”

É muito comum ouvirmos de nossos pacientes o pedido de troca de restaurações de amálgama (que é a restauração prateada) por uma restauração de resina composta (que é a restauração da cor do dente). Em alguns casos há realmente a indicação devido à infiltração da restauração, tendo recidiva da cárie, porém, a grande maioria pede a troca apenas por motivos estéticos. OK... ok... muitos termos novos de uma só vez! Restauração? Amálgama? Resina composta? Infiltração? Recidiva? Bora explicar a fim de que você possa escolher o melhor para você!

O que é restauração?

Muitos a chamam de obturação, mas o termo correto é restauração, afinal iremos restaurar/ devolver a forma e função original de parte do dente ou de todo o dente com algum material de escolha.

Restauramos um dente quando ele quebra/ fratura ou por cárie ou por estética.

 No caso de fratura/quebra removemos as bordas de esmalte sem suporte de dentina, tratamos o dente e então restauramos. No caso de cárie, removemos todo o tecido cariado do dente, trataremos a superfície do dente e então restauramos. No caso de estética, pode ser ou a troca de uma restauração de metal por uma de material estético, neste caso, removemos a restauração antiga e com isso acabamos removendo um pouco de estrutura dental, outro caso de restauração por estética é quando temos espaços entre os dentes (diastemas) e queremos fechá-los ou dentes desproporcionais (imagem abaixo)...



As restaurações podem ser: diretas ou indiretas. Direta, é quando é feita diretamente na boca e os materiais a serem utilizados são: amálgama, resina composta ou ionômero de vidro. Indireta, é quando preparamos o dente, moldamos, mandamos essa moldagem para um laboratório, o laboratório fará a restauração e nos manda ela pronta, cimentamos a restauração no dente. Restaurações indiretas podem ser de: metal, resina ou porcelana.
(a imagem ao lado é de uma restauração indireta de porcelana em um modelo e gesso)

Independente de qual é o seu caso, procure a orientação de um profissional.

Mas no post de hj falaremos apenas das restaurações diretas de amálgama e resina composta.



Que tipo de restauração é a melhor?

Todos os materiais disponíveis no mercado para tratamento odontológico foram exaustivamente estudados e testados, portanto são os melhores desde que observadas as indicações de cada material.

Material bom e técnica boa são aquelas que seu dentista domina melhor!


A durabilidade de uma restauração depende de uma série de fatores, alguns diretamente relacionados com o cirurgião-dentista e outros, com o paciente.

Restaurações de amálgama são muito resistentes e relativamente baratas. Entretanto, devido à sua cor escura, são mais aparentes, e não são utilizados em áreas muito visíveis, como nos dentes anteriores. Com o passar do tempo essas restaurações sofrem “corrosão” e esses produtos da corrosão são depositados na interface dente/ restauração, proporcionando um melhor vedamento do dente, dificultando infiltração e cárie. Os íons metálicos do amálgama podem penetrar nos túbulos dentinários fazendo com que o dente fique manchado, com um aspecto de cinza. Por se tratar de um metal, conduz ao dente com facilidade os estímulos de calor, frio e eletricidade. São restaurações que tem uma durabilidade muito grande. Apenas indico a troca desse tipo de restauração em casos de: cárie ou quebra ou quando o paciente não consegue se relacionar por vergonha de ter uma restauração metálica na boca.

Quando surgiram as resinas, elas eram materiais sem muita resistência mecânica e por isso não eram adequadas para suportar a grande carga mastigatória que incide nos dentes posteriores. Atualmente a resistência mecânica das resinas é excelente e ainda apresentam a vantagem de serem adesivas (colam no dente) o que diminui a probabilidade do dente fraturar, em relação ao uso do amálgama (metálico) que não é adesivo. Podem ser utilizadas em dentes anteriores e posteriores. O grande problema deste material é alteração de cor ou do dente ou do próprio material e quando há alteração os pacientes querem realizar a troca da restauração. Apenas indico a troca desse tipo de restauração em casos de: cárie ou quebra ou quando o paciente não consegue se relacionar por vergonha de ter uma restauração com cor alterada na boca.


No momento da troca de uma restauração, é necessário um desgaste maior do dente?

Não necessariamente. Porém, ao removermos a restauração antiga acabamos por desgastar um pouco de dente sadio. No caso da troca de uma restauração de amálgama de um dente que não esteja cariado, normalmente a queixa do paciente é o aspecto acinzentado deixado pelo amálgama, neste caso removemos uma grande quantidade de tecido dental sadio. A troca melhora muito o problema estético sem, contudo, resolvê-lo completamente. Essa mancha provocada pelo amálgama não sai com clareamento dental.

Uma restauração em resina tem a mesma durabilidade de uma restauração em amálgama?

Não. Isso ocorre porque quando aplica-se a luz para a resina endurecer ela contrai, e essa contração faz com que ela possa sofrer infiltração mais rapidamente do que o amálgama. Uma restauração em resina realizada em técnica adequada tende a durar em torno de 8 anos, já o amálgama, também realizado de forma adequada e com correta indicação pode durar até 15 anos. Entretanto, o amálgana mal indicado pode proporcionar fratura do dente.

Existem, na boca de pacientes, restaurações de amálgama, de ouro e de outros metais em bom estado e com desempenho funcional perfeito há mais de vinte anos, assim como existem restaurações em mau estado feitas há pouco tempo. As técnicas restauradoras estéticas atuais são relativamente novas se comparadas com a do amálgama e a das restaurações metálicas indiretas. Todavia, já temos acompanhamento clínico com excelentes resultados de restaurações estéticas. A durabilidade de uma restauração depende de uma série de fatores, alguns diretamente relacionados com o cirurgião-dentista e outros, com o paciente.

Como é feita a manutenção das restaurações de resina?

A manutenção de qualquer tipo de restauração é realizada com higienização adequada e visitas periódicas ao dentista para avaliar a condição das restaurações. Existe uma vantagem na manutenção da resina que é o fato de que esta pode ser reparada sem que haja necessidade de remover toda a restauração. Já o amálgama, se necessitar de reparo, toda a restauração tem que ser removida e trocada, mesmo que ainda esteja em boas condições.

Bom, espero ter esclarecido de alguma forma alguma eventual dúvida a esse respeito. Mas ficam aqui alguns dos meus conselhos:

  • Pra que mexer em time que tá ganhando?!
  • Na dúvida, consulte seu dentista!

Ahhhh... lembre de deixar aqui em baixo o seu comentário, sugestão de post ou dúvida e nos ajude a enriquecer ainda mais este tema! Fico grata com sua participação!