Clareamento dental

Aprenda o que podemos e não podemos fazer durante o tratamento de clareamento dental.(Leia mais)

Restauração prateada ou da cor dos dentes?!

Está na dúvida se deve trocar ou não sua restauração de amálgama?(leia mais)

Dente siso

Ter ou não ter? (leia mais)

PIERCING EM TECIDOS MOLES DA BOCA

SEIS MOTIVOS PARA NÃO COLOCAR!

Bicarbonato de sódio

Diga NÃO ao uso caseiro dele!!!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Bruxismo



O bruxismo é uma parafunção oral de causa multifatorial, podendo comprometer de diferentes maneiras o sistema ortognático. É um hábito de ranger os dentes, isto é, atritar uma arcada dentária contra outra promovendo um desgaste destrutivo dos dentes durante a noite e/ou apertar dente contra o outro durante o dia. Normalmente este hábito ocorre inconscientemente, não conseguimos ter controle das forças utilizadas nesta parafunção. O bruxismo pode ser observado em todas as faixas etárias e com prevalência semelhante em ambos os sexos. Embora muito observado e estudado em adultos, também é freqüente em crianças durante as dentições decíduas (dente de leite), mista ou permanente.

Não há uma definição exata de como surge o bruxismo. Algumas causas podem levar a ocorrer ou acentuar o bruxismo, tais como: estresse emocional, estresse físico, disfunção e sobrecarga dos músculos mastigatórios, disfunção na articulação temporomandibular, interferência oclusal, perdas dentárias e patologias das vias aéreas superiores.

Além do desgaste dental, o bruxismo pode causar:

  • dor de cabeça;
  • disfunção da articulação temporomandibular (DTM);
  • dor muscular;
  • perda precoce de dentes devido à atrição excessiva e mobilidade;
  • interrupção do sono do indivíduo e de seu companheiro de quarto.


Estudos têm mostrado a estreita relação entre o bruxismo e algumas patologias, como as desordens respiratórias e a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS).

Como Ocorre?

É o ato de atritar e/ou apertar um dente contra o seu antagonista, descarregando muitas vezes fatores emocionais e psicológicos na arcada dentária. O estado emocional do paciente está diretamente relacionado com a hiperatividade muscular. O estresse, depressão, uso de drogas, ansiedade, medo e expectativas incertas sobre o futuro podem desencadear esta atividade parafuncional.

Quando relacionado ao sono, o bruxismo envolve movimentos rítmicos semelhantes ao da mastigação e longos períodos de contração dos músculos mandibulares. Essas contrações, comumente bilaterais, envolvem forças máximas de contrações as quais, em determinados momentos, podem superar aquelas realizadas durante o esforço consciente, apresentando duração suficiente para produzir fadiga e dor muscular. O bruxismo ocorre principalmente durante o estágio 2 de sono não-REM (movimento não rápido dos olhos).

Tratamento

Como o bruxismo não possui uma causa exata, o tratamento é um grande desafio na odontologia.

A forma de terapia mais empregada para o alívio dos sinais e sintomas de disfunção da articulação temporomandibular associados ao bruxismo é a utilização de placas interoclusais. Estas placas são de acrílico a qual o paciente utiliza para dormir e protegem os dentes do desgaste provocado pelo bruxismo. As placas interoclusais reduzem a atividade noturna dos músculos logo após sua colocação. Logo, as placas não resolverão a doença bruxismo, mas minimizarão suas conseqüências.

Em casos em que existem dentes mal posicionados, indicamos o tratamento ortodôntico.

Quando o paciente apresenta desgaste muito grande das estruturas dentárias tendo como conseqüência diminuição da dimensão vertical de oclusão (DVO), ou seja, diminuição da altura de mordida, nesses casos há necessidade de tratamento restaurador seja com restaurações feitas diretamente na boca ou com próteses (coroas, pontes fixas), todos os tratamentos sempre associados com o uso de placa.

Na maioria das vezes, o uso da placa pode estar associado às terapias psicológicas e sessões de fisioterapias.

O tratamento deve ser baseado na redução de tensão psicológica, tratamento dos sinais e sintomas, como o desgaste da estrutura dentária e dores musculares, diminuição da "irritação" oclusal e modificação do padrão neuromuscular habitual.

Caso você ou alguma pessoa de seu convívio tenham bruxismo, procurem um dentista a fim de que ele o examine e o trate antes que haja perda do elemento dental.

Conclusão

O bruxismo é uma doença comum que atinge todos os sexos e idades. Sua ocorrência pode ter fundo psicológico e/ou físico. Seu tratamento, se necessário, deve ser multidisciplinar participando fisioterapeutas, cirurgiões-dentistas e psicólogos, porém a terapia mais empregada são as placas interoclusais miorrelaxantes.


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domingo, 6 de junho de 2010

Síndrome do Respirador Bucal



Certamente você já deve ter ouvido falar a respeito da síndrome do respirador bucal, mas não com esse nome. Síndrome é o agregado de sinais e sintomas associados a uma mesma patologia e que em seu conjunto definem o diagnóstico e o quadro clínico de uma condição médica.
Recebi este tema como sugestão de post e achei uma ótima oportunidade de divulgar, visto que muitas pessoas consideram normal respirar pela boca, quando na verdade não é, e tem como conseqüência uma série de sinais e sintomas que podem ser tratados.





Vale notar a importância do atendimento por uma equipe interdisciplinar, na qual o objetivo é a qualidade de atendimento, promoçäo de saúde e prevençäo desta síndrome.




O tratamento da síndrome do respirador bucal é um assunto muito abordado atualmente.
Cada vez mais se enfatiza a necessidade de um trabalho em equipe e o conhecimento das diversas áreas que atuam no seu diagnóstico e tratamento.
E por isso a importância de divulgarmos... Segue abaixo uma série de considerações a este respeito.


1.     O que é respirador bucal?

É o indivíduo que substitui o padrão correto de respiração nasal por um padrão inadequado, bucal ou misto (buconasal).

O processo de respiração correto é através da via nasal, pois proporciona que o ar durante a inspiração seja filtrado, umidificado e aquecido, assim chegará condicionado aos pulmões, para que as trocas gasosas ocorram. Devido a processos alérgicos ou outras formas de afecções, pode haver obstrução para a passagem do ar pela via nasal, sendo que o ar é essencial para a sobrevivência do ser humano, mediante a este fato o organismo faz com que o ar seja captado por um percurso alternativo, via bucal. O indivíduo que utiliza a boca para respirar é chamado Respirador Bucal. E por este fato o ar inspirado não passa pelos processos de condicionamento para adentrar no organismo, como o caso da via nasal. Uma vez alterada a forma da respiração, o organismo como maneira de compensar a via alternativa, promove uma série de alterações em vários segmentos e sistemas, como por exemplo: alterações posturais, respiratórias, comportamentais e no sistema estomatognático. A este grupo de alterações que o indivíduo apresenta chama-se de “Sindrome do Respirador Bucal”.

2.     O que pode causar a respiração bucal?
  •  Hipertrofia de adenóide (funciona como barreira mecânica, impedindo ou dificultando a respiração nasal)
  • Hipertrofia de amígdala (faz com que o indivíduo jogue a língua pra frente, fazendo com que haja interposição lingual, levando à mordida cruzada)
  • Desvio de septo (funciona como barreira mecânica, impedindo ou dificultando a respiração nasal)
  • Pólipos nasais (funciona como barreira mecânica)
  • Corpos estranhos (crianças colocam caroço de feijão, amendoim... obstruindo as narinas)
  • Rinite alérgica
  • Falta de amamentação materna ( a amamentação é muito importante para o desenvolvimento da musculatura perioral e intra oral)
  • Predisposição anatômica
  • Hábitos (chupar chupeta/dedo impedem o selamento labial
  • Quadros neurológicos.


Características do respirador bucal:


Faciais: face longa, canto dos olhos caídos, olheiras, lábio superior curto, lábio inferior evertido, musculatura ao redor da boca flácida, narina estreita, falta de selamento labial e ressecamento dos lábios

Dento- esqueléticas: atresia maxilar, mordida cruzada posterior, palato (“céu da boca”) profundo, mordida aberta e má postura da língua.

Corporais: pescoço e cabeça para frente (para facilitar a entrada de ar), ombros curvados, região torácica deprimida, musculatura abdominal flácida, desequilíbrio da coluna vertebral, ou muito magro ou excessivamente gordos (a criança come com a boca aberta, ou come muito rápido ou não come; ingere muito líquido junto com a comida para deixar o alimento mais pastoso rapidamente).

Pisíquico: cansaço, inquieto, ansioso, medroso, pouca concentração, faz xixi na cama, possui hábitos deletérios (chupar dedo, ou roer unhas...), agressividade, hipoatividade, desinteresse por esportes (se cansa facilmente seja por não ter tido uma boa noite de sono como também pela dificuldade de respirar), dificuldade de relacionamento (é excluído devido à hipoatividade)

4.    Como identificar um respirador bucal?

Além das características colocadas acima, podemos identificar esses indivíduos quando: relatam que não respiram bem, dormem de boca aberta, babam durante o sono, tem dificuldades para esportes e tem sonolência ou falta de concentração.

Existem testes que podem identificar um respirador bucal, porém nada substitui o diagnóstico de um profissional de saúde.

Teste da água: peça para que a criança coloque um pouco de água na boca por alguns instantes (mais ou menos 1min e 30seg). Caso ela não consiga ficar com a água na boca por não conseguir respirar e tiver que cuspir/ engolir a água para poder respirar é porque ela é respiradora bucal. Porém existem aqueles conseguem ficar com a água na boca.

Teste do algodão ou do espelho: enquanto a pessoa respira colocar ou o algodão ou o espelho para ver de onde saí o ar expirado.

Assim que você identificar uma pessoa respiradora oral, encaminhe-a para tratamento.

5.     Como faço para prevenir a respiração bucal?

A manutenção correta das funções, nas estruturas relacionadas deve estar correta também, ou seja, tônus muscular adequado de todos os músculos do aparelho estomatognático, postura correta da língua e lábios em perfeito vedamento e respiração com padrão nasal. Estes objetivos são atingidos apenas com a amamentação.

Existem três diferenças básicas entre o mamilo e o bico da mamadeira: o tamanho do bico, o fluxo de leite e a área que rodeia o bico. Além do trabalho muscular que em cada caso é solicitado.

Criança que suga o peito da mãe mantém os lábios vedados, mantém a língua na postura correta, desenvolve corretas funções do aparelho estomatognático e por fim estabelece o padrão correto de respiração, isto é o nasal.

Durante a amamentação a criança estabelece o padrão correto de respiração, mantém corretamente as estruturas orais facilitando a evolução do sugar para o mastigar, ela não executa o simples movimento de sucção ela faz sim uma série de movimentos chamados movimentos de “ordenha” que são estímulos neurofuncionais para o correto desenvolvimento da musculatura perioral (ao redor da boca)  para estabelecer um bom vedamento labial, além do estímulo para o correto posicionamento mandibular.

Os malefícios da respiração bucal são notórios não apenas a nível facial, mas também em termos de qualidade de vida do indivíduo, em que observamos a imensa dificuldade destes pacientes em manter a saúde física e mental. Assim pode-se concluir que a amamentação é a melhor e mais simples maneira de se prevenir a ocorrência da respiração bucal, proporcionando à criança alimento, proteção e estimulando seu crescimento fisiológico.

Além da amamentação, a conscientização em relação aos hábitos orais (uso de chupetas e mamadeiras inadequadas, chupar dedos e de objetos), à alimentação (consistência dos alimentos) e evitar estímulos para alergias (cigarro, poluição, pelo de animais, ar condicionado) são importantes na prevenção da respiração bucal.


6.       Que profissional da saúde devo procurar para tratamento?

O tratamento da síndrome do respirador bucal é multidisciplinar.
A princípio procure: um dentista (ortodontista) ou médico (otorrino ou alergista), que caso haja necessidade eles te encaminharão para algum dos profissionais abaixo:
·         Nutricionista
·         Fonoaudiólogo
·         Fisioterapeuta
·         Homeopata
·         Psicólogo
Assim que você perceber que seu filho (ou qualquer outra pessoa) tenha o padrão de respiração bucal, encaminhe-o para tratamento. Lembre- se: tem tratamento!


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