Clareamento dental

Aprenda o que podemos e não podemos fazer durante o tratamento de clareamento dental.(Leia mais)

Restauração prateada ou da cor dos dentes?!

Está na dúvida se deve trocar ou não sua restauração de amálgama?(leia mais)

Dente siso

Ter ou não ter? (leia mais)

PIERCING EM TECIDOS MOLES DA BOCA

SEIS MOTIVOS PARA NÃO COLOCAR!

Bicarbonato de sódio

Diga NÃO ao uso caseiro dele!!!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Voce tem medo de ir ao dentista?





“O medo é o mais antigo e fiel
companheiro do homem


e é o medo que nos faz conhecer nossas limitações


e nos torna humildes.”


Raquel de Queiroz







Algumas pessoas apresentam uma reação de medo intenso só de pensar em ir
ao dentista. No site de relacionamento Orkut, encontrei duas comunidades com números
interessantes sobre o tema:

“Eu odeio ir ao dentista!” com 26.614. 


“Morro de medo de dentista” com 629.











O medo é um sinal de alerta, com a ideia de nos proteger de algo, seja
real ou


imaginário. E com isso, a reação é intensa e às vezes paralisante. O
medo dificulta e muito a vida quando a principal ferramenta para lidar com ele
é evitá-lo. As coisas em excesso não costumam fazer bem. O sofrimento causado
pelo medo vai além dos pensamentos, das sensações psíquicas, é algo que se
transforma em sintoma físico, muito parecido com o estresse. Estresse é uma
reação do organismo (físico, mental, hormonal, etc.) que acontece quando há uma
sobrecarga, uma necessidade intensa de adaptação, normalmente com situações de
grande importância na vida pessoal ou profissional, podendo estar ligado a uma
situação positiva ou mesmo negativa. O que for em excesso e sobrecarregar o
organismo não é bom. As ações ficam prejudicadas e os resultados são
insatisfatórios. A qualidade do que se faz fica consideravelmente comprometida.
Com esse excesso, o corpo responde em seguida, e seu sinal de alerta
são as doenças.






Para cura do medo, seja ele qual for, é importante estabelecer metas
viáveis para alcançar o objetivo desejado. Durante as consultorias eu ensino
exercício para “estado de alta performance” e assim poder enfrentar situações
desejadas, com todos os recursos internos necessários para o sucesso do que se
quer. São exercícios específicos que foram desenvolvidos sob o conhecimento e
estudo da neurociência. A partir desse novo estado emocional, você terá
condições de fazer novas escolhas e perceberá as diferenças na qualidade das
suas experiências e resultados. 








Escrito por Adriana de Araújo


(Psicóloga especialista em hipnoterapia e programação neurolinguística)



Consultoria via Skype






domingo, 29 de agosto de 2010

Cuidados antes e após a cirurgias


Bom, em meu consultório tenho o hábito de entregar ao paciente que se submeteu à extração dentária um “documento” orientando-o como proceder após a cirurgia. Porém, nem todos os profissionais têm a mesma atenção com seus pacientes, e foi isso que motivou o post de hoje, orientar o antes e depois da cirurgia.


Cuidados antes da cirurgia:
  • Tome corretamente a medicação prescrita;
  • Não faça jejum absoluto pré-operatório (antes da cirurgia). A anestesia é local, alimente-se normalmente, no máximo 2 horas antes da cirurgia, sem exageros.
  • Em caso de sedação endovenosa com anestesista é necessário JEJUM DE 6 HORAS,  antes da cirurgia.
  • Evite o fumo durante os 7 dias que antecedem a cirurgia e bebidas alcoólicas 2 dias antes.


Cuidados após a cirurgia:

1.       Em caso de dor, tomar o medicamento prescrito, cumprindo corretamente os horários. Dor leve a moderada são normais nos primeiros dias, em caso de dor intensa e pulsátil, procure seu dentista;
2.       Retornar para remover os “pontos” na data marcada pelo seu dentista;
3.       Não fumar;
4.       Evitar se expor ao sol;
5.       Não fazer exercícios físicos;
6.       Recomenda-se falar pouco;
7.       Nos primeiros dias, dormir com a cabeça mais alta que o resto do corpo (dormir com dois travesseiros, por exemplo);
8.       No caso de pequenos sangramentos, coloque uma gaze dobrada e umedecida com soro fisiológico no local e morda durante 20 minutos, depois a jogue fora.
9.       Fazer compressa com gelo apenas nas primeiras 24 horas: colocar gelo em uma bolsa térmica ou até mesmo numa sacola, deixar sobre a pele por 20 minutos, e ficar sem ele por 20 minutos e depois por mais 20 com... e assim por diante. Não esquecer que o gelo queima, para evitar isso, pede-se colocar uma toalha entre a pele e a bolsa de gelo;
10.   Alimentação:
·         Líquida ou pastosa;
·         De morna para fria;
·         Sem pedaços;
·         Não mastigar sobre a área operada;
·         Voltar à alimentação normal gradativamente após o 3º dia: passando de alimentos líquidos para pastosos e só depois para os de consistência mais dura.
11.   Higienização:
ü  1º dia:
·          NUNCA, JAMAIS, EM TEMPO ALGUM: cuspir, fazer bochechos e sugar;
·          Lavar/banhar a boca com enxaguatório bucal;
ü  2º dia em diante:
·          escovar os dentes e usar o fio dental  como de costume, mas suavemente, após cada alimentação;
·          fazer bochechos com o enxaguatório prescrito por uma semana;

É isso queridos... Lembrem-se que com saúde não se brinca! Não se auto- medique! 
Na dúvida entre em contato com seu dentista.


Ahhhh... lembre de deixar aqui em baixo o seu comentário, sugestão de post ou dúvida e nos ajude a enriquecer ainda mais este tema! Fico grata desde já!

sábado, 28 de agosto de 2010

O que pode e o que não pode no clareamento dental


Pude perceber um interesse muito grande pelas pessoas que visitam o blog a respeito do assunto clareamento dental. Em abril, foi feito um post esclarecendo a respeito do tratamento ( clique aqui para ver o post), a finalidade do post de hoje é o que podemos e o que não podemos fazer durante o tratamento de clareamento dental, seja ele caseiro ou de consultório.

Bora lá!!! Prepara a canetinha pra anotar ou liga a impressora...

Coloco no topo da nossa lista de cuidados aquele que todos insistem em utilizar: o bicarbonato de sódio, pois é, como já dissemos em post sobre o uso de bicarbonato de sódio (clique aqui para visualizar o post), além dele desgastar o dente e por este motivo aumentar a chance de sentir sensibilidade nos dentes, pode também não clareá-lo, pois ele neutraliza as substâncias que usamos no clareamento.

Não utilize qualquer produto caseiro ou outras substâncias branqueadoras associadas ao tratamento sem o conhecimento de seu dentista.

Evite enquanto estiver fazendo o tratamento, pois estes retardam o processo de clareamento dos dentes:
  •  sucos e frutas cítricas, pois podem aumentar a sensibilidade dentária;
  •  refrigerantes, que além de ter bicarbonato em sua formulação, tem corantes;
  • cafés, chás, vinhos, cigarros, chimarrão, chocolate/achocolatados, molho vermelho, beterraba, sucos artificiais, açaí,etc.: pois pigmentarão o dente.

Muito cuidado com aqueles cremes dentais coloridinhos nos tons: vermelho... verde... ou seja lá qual for a cor dele... CUIDADO! Preste atenção também no seu enxaguatório se ele é incolor ou se tem corante, caso seja colorido suspenda o uso pelo menos durante o tratamento de clareamento dental e adquira um incolor. Dê preferência aos enxaguatórios sem álcool.

Você pode estar pensando assim: “ah tá bom que essa dentista conseguiu ficar sem colocar essas coisas na boca durante o tratamento” e eu respondo: você tem toda razão! Impossível ficar sem colocar uma corzinha mesmo! (no quesito alimentação ok?)

E é aí que vem a dica de ouro... o pulo do gato: Durante o tratamento de clareamento, o ideal seria que não se comessem alimentos com corantes (o que é praticamente impossível). O que se pede é que não se coma alimentos com corantes ou fume durante as 4 primeiras horas após a retirada da moldeira ou nas primeiras 48h após o clareamento de consultório.

As dicas acima, como já havia dito, servem para clareamento caseiro e de consultório, já as dicas abaixo são para aqueles que optaram pelo clareamento caseiro (o de moldeira):

O tratamento dura de 2 a 4 semanas, o ideal seria usar no mínimo por 2 semanas para garantir a estabilidade de cor. O clareamento terá fim quando:
  •  Houver saturação, que é quando mesmo usando o agente clareador, o dente chega no seu limite máximo e não clareia mais;
  • Ou assim que você, junto ao seu dentista, julgar que a cor do dente chegou “na cor que você quer”, chegar no que você julgar estético (mesmo não atingindo o ponto de saturação);

Não é possível prever com exatidão a longevidade dos resultados (o tempo de permanência do clareamento nos dentes).

O regime de uso varia de indivíduo para indivíduo, podendo este ser noturno ou diurno. Recomenda-se o uso noturno, pois durante a noite há diminuição da salivação e o gel fica mais tempo em contato com o dente, mas caso você não consiga, pode fazer o uso durante o dia, utilizando a moldeira por um período de 4 horas. O recarregamento da moldeira deve ser de 1 vez ao dia, no caso de o recarregamento ser feito mais de uma vez  ao dia , aumentará a possibilidade de sensibilidade.

Se você me perguntar: "Se eu quiser/conseguir, posso usar mais que 4 horas sem ter que recarregar com o gel? ", aí responderei,  se quiser usar não terá problema algum,  visto que após este período de 4h provavelmente todo o gel terá reagido e não terá mais efeito se você prolongar o uso. E se você recarregar a moldeira novamente,  aumentará a possibilidade de sentir sensibilidade nos dentes. 

        RISCOS:
1)      Sensibilidade dental
2)      Irritação gengival
3)      Queimação gengival

Em qualquer um desses casos, suspenda o uso e entre em contato com seu dentista.

Em caso de sensibilidade, suspender o uso e informar ao dentista que ele prescreverá uma substância para seu caso. A substância de escolha poderá ou ser colocada na moldeira ou diretamente sobre os dentes, deixando aí por 5 minutos. Deve- se evitar a ingestão destas substâncias.

A irritação gengival ocorre por que a moldeira machuca a gengiva, neste caso, avise para seu dentista, que ele tomará as devidas providências. Já a queimação gengival ocorre quando colocamos muito gel na moldeira e seu excesso vai para a gengiva causando queimação gengival, neste caso sugere-se colocar menos gel na moldeira ou no caso de excesso de gel, apertar bem para que o excesso saia e logo em seguida limpar esse excesso.

        INSTRUÇÕES:
  •  Armazenar a seringa com o gel na geladeira;
  • Colocar uma gota de gel em cada dente da moldeira;
  • Sempre higienizar a moldeira assim que tirar e antes de colocar o gel;

Em caso de clareamento caseiro, não beber ou comer enquanto estiver usando as moldeiras de clareamento, e isso também inclui a água. 

O tratamento não deve ser interrompido; caso ocorra, o tratamento terá que ser prolongado.

Entre 6 meses - 1 ano do término do clareamento, retornar ao dentista para reavaliação da necessidade de manutenção. Esta manutenção irá variar de acordo com os hábitos do paciente. Por exemplo, pessoas fumantes e de grande consumo de substâncias pigmentadoras (café, chá e/ou chimarrão) poderão necessitar mais cedo de uma manutenção.

E o mais importante do que qualquer outra dica que eu possa ter falado aqui:

Na dúvida converse com seu dentista!!!



Ahhhh... lembre de deixar aqui em baixo o seu comentário, sugestão de post ou dúvida e nos ajude a enriquecer ainda mais este tema! Fico grata com sua participação!

Leiam também os comentários, tem muita pergunta boa e respostas esclarecedoras. Vai que lá já tem a sua dúvida?!

sábado, 3 de julho de 2010

Restauração prateada ou da cor do dente?!


“Doutora, eu queria trocar minha obturação prateada por uma da cor do dente...”

É muito comum ouvirmos de nossos pacientes o pedido de troca de restaurações de amálgama (que é a restauração prateada) por uma restauração de resina composta (que é a restauração da cor do dente). Em alguns casos há realmente a indicação devido à infiltração da restauração, tendo recidiva da cárie, porém, a grande maioria pede a troca apenas por motivos estéticos. OK... ok... muitos termos novos de uma só vez! Restauração? Amálgama? Resina composta? Infiltração? Recidiva? Bora explicar a fim de que você possa escolher o melhor para você!

O que é restauração?

Muitos a chamam de obturação, mas o termo correto é restauração, afinal iremos restaurar/ devolver a forma e função original de parte do dente ou de todo o dente com algum material de escolha.

Restauramos um dente quando ele quebra/ fratura ou por cárie ou por estética.

 No caso de fratura/quebra removemos as bordas de esmalte sem suporte de dentina, tratamos o dente e então restauramos. No caso de cárie, removemos todo o tecido cariado do dente, trataremos a superfície do dente e então restauramos. No caso de estética, pode ser ou a troca de uma restauração de metal por uma de material estético, neste caso, removemos a restauração antiga e com isso acabamos removendo um pouco de estrutura dental, outro caso de restauração por estética é quando temos espaços entre os dentes (diastemas) e queremos fechá-los ou dentes desproporcionais (imagem abaixo)...



As restaurações podem ser: diretas ou indiretas. Direta, é quando é feita diretamente na boca e os materiais a serem utilizados são: amálgama, resina composta ou ionômero de vidro. Indireta, é quando preparamos o dente, moldamos, mandamos essa moldagem para um laboratório, o laboratório fará a restauração e nos manda ela pronta, cimentamos a restauração no dente. Restaurações indiretas podem ser de: metal, resina ou porcelana.
(a imagem ao lado é de uma restauração indireta de porcelana em um modelo e gesso)

Independente de qual é o seu caso, procure a orientação de um profissional.

Mas no post de hj falaremos apenas das restaurações diretas de amálgama e resina composta.



Que tipo de restauração é a melhor?

Todos os materiais disponíveis no mercado para tratamento odontológico foram exaustivamente estudados e testados, portanto são os melhores desde que observadas as indicações de cada material.

Material bom e técnica boa são aquelas que seu dentista domina melhor!


A durabilidade de uma restauração depende de uma série de fatores, alguns diretamente relacionados com o cirurgião-dentista e outros, com o paciente.

Restaurações de amálgama são muito resistentes e relativamente baratas. Entretanto, devido à sua cor escura, são mais aparentes, e não são utilizados em áreas muito visíveis, como nos dentes anteriores. Com o passar do tempo essas restaurações sofrem “corrosão” e esses produtos da corrosão são depositados na interface dente/ restauração, proporcionando um melhor vedamento do dente, dificultando infiltração e cárie. Os íons metálicos do amálgama podem penetrar nos túbulos dentinários fazendo com que o dente fique manchado, com um aspecto de cinza. Por se tratar de um metal, conduz ao dente com facilidade os estímulos de calor, frio e eletricidade. São restaurações que tem uma durabilidade muito grande. Apenas indico a troca desse tipo de restauração em casos de: cárie ou quebra ou quando o paciente não consegue se relacionar por vergonha de ter uma restauração metálica na boca.

Quando surgiram as resinas, elas eram materiais sem muita resistência mecânica e por isso não eram adequadas para suportar a grande carga mastigatória que incide nos dentes posteriores. Atualmente a resistência mecânica das resinas é excelente e ainda apresentam a vantagem de serem adesivas (colam no dente) o que diminui a probabilidade do dente fraturar, em relação ao uso do amálgama (metálico) que não é adesivo. Podem ser utilizadas em dentes anteriores e posteriores. O grande problema deste material é alteração de cor ou do dente ou do próprio material e quando há alteração os pacientes querem realizar a troca da restauração. Apenas indico a troca desse tipo de restauração em casos de: cárie ou quebra ou quando o paciente não consegue se relacionar por vergonha de ter uma restauração com cor alterada na boca.


No momento da troca de uma restauração, é necessário um desgaste maior do dente?

Não necessariamente. Porém, ao removermos a restauração antiga acabamos por desgastar um pouco de dente sadio. No caso da troca de uma restauração de amálgama de um dente que não esteja cariado, normalmente a queixa do paciente é o aspecto acinzentado deixado pelo amálgama, neste caso removemos uma grande quantidade de tecido dental sadio. A troca melhora muito o problema estético sem, contudo, resolvê-lo completamente. Essa mancha provocada pelo amálgama não sai com clareamento dental.

Uma restauração em resina tem a mesma durabilidade de uma restauração em amálgama?

Não. Isso ocorre porque quando aplica-se a luz para a resina endurecer ela contrai, e essa contração faz com que ela possa sofrer infiltração mais rapidamente do que o amálgama. Uma restauração em resina realizada em técnica adequada tende a durar em torno de 8 anos, já o amálgama, também realizado de forma adequada e com correta indicação pode durar até 15 anos. Entretanto, o amálgana mal indicado pode proporcionar fratura do dente.

Existem, na boca de pacientes, restaurações de amálgama, de ouro e de outros metais em bom estado e com desempenho funcional perfeito há mais de vinte anos, assim como existem restaurações em mau estado feitas há pouco tempo. As técnicas restauradoras estéticas atuais são relativamente novas se comparadas com a do amálgama e a das restaurações metálicas indiretas. Todavia, já temos acompanhamento clínico com excelentes resultados de restaurações estéticas. A durabilidade de uma restauração depende de uma série de fatores, alguns diretamente relacionados com o cirurgião-dentista e outros, com o paciente.

Como é feita a manutenção das restaurações de resina?

A manutenção de qualquer tipo de restauração é realizada com higienização adequada e visitas periódicas ao dentista para avaliar a condição das restaurações. Existe uma vantagem na manutenção da resina que é o fato de que esta pode ser reparada sem que haja necessidade de remover toda a restauração. Já o amálgama, se necessitar de reparo, toda a restauração tem que ser removida e trocada, mesmo que ainda esteja em boas condições.

Bom, espero ter esclarecido de alguma forma alguma eventual dúvida a esse respeito. Mas ficam aqui alguns dos meus conselhos:

  • Pra que mexer em time que tá ganhando?!
  • Na dúvida, consulte seu dentista!

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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Bruxismo



O bruxismo é uma parafunção oral de causa multifatorial, podendo comprometer de diferentes maneiras o sistema ortognático. É um hábito de ranger os dentes, isto é, atritar uma arcada dentária contra outra promovendo um desgaste destrutivo dos dentes durante a noite e/ou apertar dente contra o outro durante o dia. Normalmente este hábito ocorre inconscientemente, não conseguimos ter controle das forças utilizadas nesta parafunção. O bruxismo pode ser observado em todas as faixas etárias e com prevalência semelhante em ambos os sexos. Embora muito observado e estudado em adultos, também é freqüente em crianças durante as dentições decíduas (dente de leite), mista ou permanente.

Não há uma definição exata de como surge o bruxismo. Algumas causas podem levar a ocorrer ou acentuar o bruxismo, tais como: estresse emocional, estresse físico, disfunção e sobrecarga dos músculos mastigatórios, disfunção na articulação temporomandibular, interferência oclusal, perdas dentárias e patologias das vias aéreas superiores.

Além do desgaste dental, o bruxismo pode causar:

  • dor de cabeça;
  • disfunção da articulação temporomandibular (DTM);
  • dor muscular;
  • perda precoce de dentes devido à atrição excessiva e mobilidade;
  • interrupção do sono do indivíduo e de seu companheiro de quarto.


Estudos têm mostrado a estreita relação entre o bruxismo e algumas patologias, como as desordens respiratórias e a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS).

Como Ocorre?

É o ato de atritar e/ou apertar um dente contra o seu antagonista, descarregando muitas vezes fatores emocionais e psicológicos na arcada dentária. O estado emocional do paciente está diretamente relacionado com a hiperatividade muscular. O estresse, depressão, uso de drogas, ansiedade, medo e expectativas incertas sobre o futuro podem desencadear esta atividade parafuncional.

Quando relacionado ao sono, o bruxismo envolve movimentos rítmicos semelhantes ao da mastigação e longos períodos de contração dos músculos mandibulares. Essas contrações, comumente bilaterais, envolvem forças máximas de contrações as quais, em determinados momentos, podem superar aquelas realizadas durante o esforço consciente, apresentando duração suficiente para produzir fadiga e dor muscular. O bruxismo ocorre principalmente durante o estágio 2 de sono não-REM (movimento não rápido dos olhos).

Tratamento

Como o bruxismo não possui uma causa exata, o tratamento é um grande desafio na odontologia.

A forma de terapia mais empregada para o alívio dos sinais e sintomas de disfunção da articulação temporomandibular associados ao bruxismo é a utilização de placas interoclusais. Estas placas são de acrílico a qual o paciente utiliza para dormir e protegem os dentes do desgaste provocado pelo bruxismo. As placas interoclusais reduzem a atividade noturna dos músculos logo após sua colocação. Logo, as placas não resolverão a doença bruxismo, mas minimizarão suas conseqüências.

Em casos em que existem dentes mal posicionados, indicamos o tratamento ortodôntico.

Quando o paciente apresenta desgaste muito grande das estruturas dentárias tendo como conseqüência diminuição da dimensão vertical de oclusão (DVO), ou seja, diminuição da altura de mordida, nesses casos há necessidade de tratamento restaurador seja com restaurações feitas diretamente na boca ou com próteses (coroas, pontes fixas), todos os tratamentos sempre associados com o uso de placa.

Na maioria das vezes, o uso da placa pode estar associado às terapias psicológicas e sessões de fisioterapias.

O tratamento deve ser baseado na redução de tensão psicológica, tratamento dos sinais e sintomas, como o desgaste da estrutura dentária e dores musculares, diminuição da "irritação" oclusal e modificação do padrão neuromuscular habitual.

Caso você ou alguma pessoa de seu convívio tenham bruxismo, procurem um dentista a fim de que ele o examine e o trate antes que haja perda do elemento dental.

Conclusão

O bruxismo é uma doença comum que atinge todos os sexos e idades. Sua ocorrência pode ter fundo psicológico e/ou físico. Seu tratamento, se necessário, deve ser multidisciplinar participando fisioterapeutas, cirurgiões-dentistas e psicólogos, porém a terapia mais empregada são as placas interoclusais miorrelaxantes.


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domingo, 6 de junho de 2010

Síndrome do Respirador Bucal



Certamente você já deve ter ouvido falar a respeito da síndrome do respirador bucal, mas não com esse nome. Síndrome é o agregado de sinais e sintomas associados a uma mesma patologia e que em seu conjunto definem o diagnóstico e o quadro clínico de uma condição médica.
Recebi este tema como sugestão de post e achei uma ótima oportunidade de divulgar, visto que muitas pessoas consideram normal respirar pela boca, quando na verdade não é, e tem como conseqüência uma série de sinais e sintomas que podem ser tratados.





Vale notar a importância do atendimento por uma equipe interdisciplinar, na qual o objetivo é a qualidade de atendimento, promoçäo de saúde e prevençäo desta síndrome.




O tratamento da síndrome do respirador bucal é um assunto muito abordado atualmente.
Cada vez mais se enfatiza a necessidade de um trabalho em equipe e o conhecimento das diversas áreas que atuam no seu diagnóstico e tratamento.
E por isso a importância de divulgarmos... Segue abaixo uma série de considerações a este respeito.


1.     O que é respirador bucal?

É o indivíduo que substitui o padrão correto de respiração nasal por um padrão inadequado, bucal ou misto (buconasal).

O processo de respiração correto é através da via nasal, pois proporciona que o ar durante a inspiração seja filtrado, umidificado e aquecido, assim chegará condicionado aos pulmões, para que as trocas gasosas ocorram. Devido a processos alérgicos ou outras formas de afecções, pode haver obstrução para a passagem do ar pela via nasal, sendo que o ar é essencial para a sobrevivência do ser humano, mediante a este fato o organismo faz com que o ar seja captado por um percurso alternativo, via bucal. O indivíduo que utiliza a boca para respirar é chamado Respirador Bucal. E por este fato o ar inspirado não passa pelos processos de condicionamento para adentrar no organismo, como o caso da via nasal. Uma vez alterada a forma da respiração, o organismo como maneira de compensar a via alternativa, promove uma série de alterações em vários segmentos e sistemas, como por exemplo: alterações posturais, respiratórias, comportamentais e no sistema estomatognático. A este grupo de alterações que o indivíduo apresenta chama-se de “Sindrome do Respirador Bucal”.

2.     O que pode causar a respiração bucal?
  •  Hipertrofia de adenóide (funciona como barreira mecânica, impedindo ou dificultando a respiração nasal)
  • Hipertrofia de amígdala (faz com que o indivíduo jogue a língua pra frente, fazendo com que haja interposição lingual, levando à mordida cruzada)
  • Desvio de septo (funciona como barreira mecânica, impedindo ou dificultando a respiração nasal)
  • Pólipos nasais (funciona como barreira mecânica)
  • Corpos estranhos (crianças colocam caroço de feijão, amendoim... obstruindo as narinas)
  • Rinite alérgica
  • Falta de amamentação materna ( a amamentação é muito importante para o desenvolvimento da musculatura perioral e intra oral)
  • Predisposição anatômica
  • Hábitos (chupar chupeta/dedo impedem o selamento labial
  • Quadros neurológicos.


Características do respirador bucal:


Faciais: face longa, canto dos olhos caídos, olheiras, lábio superior curto, lábio inferior evertido, musculatura ao redor da boca flácida, narina estreita, falta de selamento labial e ressecamento dos lábios

Dento- esqueléticas: atresia maxilar, mordida cruzada posterior, palato (“céu da boca”) profundo, mordida aberta e má postura da língua.

Corporais: pescoço e cabeça para frente (para facilitar a entrada de ar), ombros curvados, região torácica deprimida, musculatura abdominal flácida, desequilíbrio da coluna vertebral, ou muito magro ou excessivamente gordos (a criança come com a boca aberta, ou come muito rápido ou não come; ingere muito líquido junto com a comida para deixar o alimento mais pastoso rapidamente).

Pisíquico: cansaço, inquieto, ansioso, medroso, pouca concentração, faz xixi na cama, possui hábitos deletérios (chupar dedo, ou roer unhas...), agressividade, hipoatividade, desinteresse por esportes (se cansa facilmente seja por não ter tido uma boa noite de sono como também pela dificuldade de respirar), dificuldade de relacionamento (é excluído devido à hipoatividade)

4.    Como identificar um respirador bucal?

Além das características colocadas acima, podemos identificar esses indivíduos quando: relatam que não respiram bem, dormem de boca aberta, babam durante o sono, tem dificuldades para esportes e tem sonolência ou falta de concentração.

Existem testes que podem identificar um respirador bucal, porém nada substitui o diagnóstico de um profissional de saúde.

Teste da água: peça para que a criança coloque um pouco de água na boca por alguns instantes (mais ou menos 1min e 30seg). Caso ela não consiga ficar com a água na boca por não conseguir respirar e tiver que cuspir/ engolir a água para poder respirar é porque ela é respiradora bucal. Porém existem aqueles conseguem ficar com a água na boca.

Teste do algodão ou do espelho: enquanto a pessoa respira colocar ou o algodão ou o espelho para ver de onde saí o ar expirado.

Assim que você identificar uma pessoa respiradora oral, encaminhe-a para tratamento.

5.     Como faço para prevenir a respiração bucal?

A manutenção correta das funções, nas estruturas relacionadas deve estar correta também, ou seja, tônus muscular adequado de todos os músculos do aparelho estomatognático, postura correta da língua e lábios em perfeito vedamento e respiração com padrão nasal. Estes objetivos são atingidos apenas com a amamentação.

Existem três diferenças básicas entre o mamilo e o bico da mamadeira: o tamanho do bico, o fluxo de leite e a área que rodeia o bico. Além do trabalho muscular que em cada caso é solicitado.

Criança que suga o peito da mãe mantém os lábios vedados, mantém a língua na postura correta, desenvolve corretas funções do aparelho estomatognático e por fim estabelece o padrão correto de respiração, isto é o nasal.

Durante a amamentação a criança estabelece o padrão correto de respiração, mantém corretamente as estruturas orais facilitando a evolução do sugar para o mastigar, ela não executa o simples movimento de sucção ela faz sim uma série de movimentos chamados movimentos de “ordenha” que são estímulos neurofuncionais para o correto desenvolvimento da musculatura perioral (ao redor da boca)  para estabelecer um bom vedamento labial, além do estímulo para o correto posicionamento mandibular.

Os malefícios da respiração bucal são notórios não apenas a nível facial, mas também em termos de qualidade de vida do indivíduo, em que observamos a imensa dificuldade destes pacientes em manter a saúde física e mental. Assim pode-se concluir que a amamentação é a melhor e mais simples maneira de se prevenir a ocorrência da respiração bucal, proporcionando à criança alimento, proteção e estimulando seu crescimento fisiológico.

Além da amamentação, a conscientização em relação aos hábitos orais (uso de chupetas e mamadeiras inadequadas, chupar dedos e de objetos), à alimentação (consistência dos alimentos) e evitar estímulos para alergias (cigarro, poluição, pelo de animais, ar condicionado) são importantes na prevenção da respiração bucal.


6.       Que profissional da saúde devo procurar para tratamento?

O tratamento da síndrome do respirador bucal é multidisciplinar.
A princípio procure: um dentista (ortodontista) ou médico (otorrino ou alergista), que caso haja necessidade eles te encaminharão para algum dos profissionais abaixo:
·         Nutricionista
·         Fonoaudiólogo
·         Fisioterapeuta
·         Homeopata
·         Psicólogo
Assim que você perceber que seu filho (ou qualquer outra pessoa) tenha o padrão de respiração bucal, encaminhe-o para tratamento. Lembre- se: tem tratamento!


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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dente siso: saiba mais!




Dente siso, também conhecido como “dente do juízo” ou tecnicamente conhecido como 3º molar. O ser humano, em sua maior parte, tem quatro sisos, um em cada canto da boca, são eles:o 18, o 28, o 38 e finalmente o 48, sendo dois inferiores e dois superiores (nos lados: esquerdo e direito).

São dentes com características próprias, pois:
  •          Tem anatomia (forma) muito variável;
  •          Possuem época de erupção (“nascimento”) com longa variação, geralmente entre 15-21 anos de idade, mesmo assim podem erupcionar (“nascer”) após este período.

E por ter características próprias, gera entre os dentistas diferentes posturas em relação a este dente, pois uns optam pela sua extração e outros optam pela sua manutenção na boca. Com isso, causamos certas dúvidas em nossos pacientes. O objetivo do post de hoje é minimizar ou, quem sabe, eliminar essas dúvidas.

Seguem algumas perguntas com suas respectivas respostas...

Todo mundo tem siso?

Não. Costumo dizer assim para meus pacientes: nossos ancestrais, que precisavam caçar para ter seus alimentos, tinham comidas mais brutas/duras, e para conseguir mastigar este tipo de alimento eles possuíam mais dentes. Com o passar dos anos... o alimento foi ficando mais acessível, mais macio e com essa evolução, a mamãe natureza foi aos poucos fazendo com que nascêssemos com menos dentes que antes... Com o passar do tempo, a tendência é que os sisos deixem de existir, uma vez que perderam sua função para a espécie. Mas isso ainda vai levar muito tempo, séculos talvez. Por isso, podemos dizer que hoje nem todo mundo tem o 3º molar. Algumas pessoas tem os quatro dentes do siso, outras possuem três, dois, um ou nenhum. Podemos observar tal fato também com outros dentes, como: o lateral, caninos, pré-molares... nestes casos em que não nascemos com o germe do dente dizemos que há agenesia, não formação de.

Por que o dente do siso não nasce em algumas pessoas?

Quando a pessoa tem o germe do dente e o dente siso não nasce, ou é porque não há espaço na arcada dentária, ou é porque ele está na posição horizontal.

O que acontece se o dente do siso não erupcionar ou erupcionar parcialmente?
Caso não haja a erupção dele, ele pode absorver as raízes dentes vizinhos. A erupção parcial pode ocasionar gengivite, irritação local, abscessos na região, edema e dor.

Por que dói tanto enquanto ele nasce?

Enquanto o dente está no processo de erupção, há em cima do dente um capuz de gengiva. Quando comemos, o alimento fica acumulado em baixo deste capuz, entre o dente e gengiva, porém não conseguimos remover estes restos de alimentos com a escovação, desta forma as nossas bactérias fofas de plantão usam esse alimento como fonte de energia e liberam toxinas ou no dente ou na gengiva, sendo que na gengiva causa dor e edema (inchaço). A este quadro chamamos de pericoronarite, que nada mais é que uma inflamação ao redor da coroa do dente. Nestes casos procure seu dentista que ele te orientará ou pela permanência do dente (para isso temos que fazer a remoção cirúrgica do capuz gengival) ou pela extração.

Quando é recomendada e extração do dente do siso?

É recomendada e extração quando houver falta de espaço para a erupção do dente do siso, ou quando esse está na posição horizontal. Ainda pode ser recomendada a extração em casos de dor forte ou quando há erupção parcial.

O que acontece se o dente mal posicionado não for retirado?
Pode aparecer um cisto na região ou, por falta de espaço, desalinhamento dos outros dentes. O siso semi-incluso pode, ainda, provocar cárie e/ou doença periodontal nos dentes adjacentes, já que facilita a retenção de alimentos.

 É comum alguns desses dentes já nascerem cariados?
Não. Algumas vezes, os sisos ficam semi-inclusos, isto é, só com algumas "pontas" visíveis, enquanto as outras duas continuam dentro da gengiva. Então, podem surgir cáries pela dificuldade de limpá-los direito. Mas isso não quer dizer que já tenham nascido cariados.

Dói pra tirar?
Se você deixar seu dentista te anestesiar, não! Normalmente, dentistas prescrevem algumas medicações antes da cirurgia com a finalidade de que quando a anestesiar passar, você já esteja sob efeito de medicação, desta forma conseguimos prevenir dor e edema.



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domingo, 30 de maio de 2010

Piercing dental... esse pode!

Novidade entre os jovens, o piercing dental é uma pequena pedrinha colada em um dente, geralmente aplicado no incisivo lateral ou no canino. O piercing deixará com certeza seu sorriso mais atrativo, diferente e charmoso.



Além da pedrinha de cristal, o modelo mais colocado, há piercings também  com forma de:
  • coração;
  • borboleta;
  • flor;
  • cruz e muitos outros.




O piercinh de dente deve ser aplicado somente por dentistas e seu tempo de duração é variável...

A aplicação é completamente indolor, diferentemente de outros tipos de piercings ou tatuagem. Sem contar que é super rápido de ser colocado e dispensa o uso de anestesia!

Deixei aqui as perguntas mais frenquentes com suas respectivas respostas:

É preciso furar o dente para colocar o piercing dental?

Não, este procedimento é semelhante à colagem de um bráquete ortodôntico de aparelho fixo, isto é, nenhuma estrutura dentária é prejudicada nem desgastada. Não é necessária a aplicação de anestesia já que não ocorre nenhuma dor durante o procedimento. O dentista apenas coloca um adesivo no dente e fixa o piercing, que ficará aderido por aproximadamente 3 meses. É importante salientar que não existem contra-indicações.

De que material é feito?

Os piercings dentais, chamados também de TWINKLE nos EUA, podem ser feitos de diversos materiais, os mais comuns são feitos de strass, mas temos também peças feitas de cristal, ouro, prata e pedras preciosas. Diversos artistas aderiram ao piercing como Madonna, Britney Spears, Mick Jagger, Jimmy Clif , Mike Tyson e outros.

Dói para colocar, quanto tempo leva?

Não dói e é bastante rápido. Colocamos piercing dental em torno de 15 minutos. Sendo que a maior parte desse tempo é para a acomodação do paciente e preparo do material.

Quanto tempo dura?

A resposta para essa pergunta é muito relativa, mas em média o piercing dura 2/3 meses, embora dependa muito do cuidado do paciente. Temos pacientes com o piercing há mais de seis meses e temos pacientes que por não terem cuidado ficaram com o piercing apenas por 3 semanas.

Quanto custa para colocar piercing dental?

O valor depende do material que o paciente escolher.

Se o piercing cair ou eu decidir tirar, meu dente vai ficar manchado ou com alguma marca?

Para tirar é bastante simples e poderá ser retirado a qualquer momento que a pessoa desejar, bastando procurar o cirurgião-dentista a fim de que ele remova a “colinha” que fica no dente,deste modo não fica nenhuma marca ou mancha.

Dica: Depois de fazer seu clareamento torne seu sorriso ainda mais atraente colocando um piercing dental


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